08 novembro 2006

Divulgados novos padrões da OMS para qualidade do ar e grandes cidades brasileiras ficam acima dos níveis recomendados.

Fonte: USP online e Agência Estado.

Todos os grandes centros urbanos do Brasil estão fora dos novos padrões mundiais de qualidade do ar, anunciados no último dia 5 de outubro pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A constatação é de Paulo Hilário Nascimento Saldiva, diretor do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP. "O que a gente imaginava que fosse uma qualidade de ar boa, na verdade não é mais", alerta o médico patologista.

As concentrações máximas, medidas em micrograma por metro cúbico, de material particulado e de dióxido de enxofre são as que apresentam maiores diferenças. Enquanto a legislação brasileira estabelece limites de 150 ug/m3 e 100 ug/m3, a OMS estipula 25 ug/m3 e 20 ug/m3, respectivamente.

Na avaliação de Saldiva, a poluição do ar já deixou de ser apenas um problema ambiental e passou também a ser de saúde pública:. "A má qualidade do ar comprovadamente reduz a expectativa de vida, aumenta a mortalidade, leva ao abortamento e eleva os riscos de doenças cardíacas e de câncer". Os novos padrões de qualidade do ar definidos pela Organização Mundial de Saúde, porém, dependem de decisões de cada governo para serem implementados.

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