30 novembro 2006

Câmara Aprova a Lei da Mata Atlântica

da Folha de S.Paulo

A Câmara dos Deputados aprovou ontem à noite em votação simbólica um projeto que disciplina as formas de exploração e preservação de áreas da mata atlântica. O texto, que estava em discussão havia mais de 14 anos, segue agora para sanção presidencial.

Os parlamentares aprovaram 14 das 15 emendas ao projeto, que vieram do Senado. A rejeitada tratava de indenização aos empresários que não pudessem explorar economicamente terreno que passará a ser protegido pela nova lei. Deputados da bancada ruralista eram contra a emenda, por restringir as indenizações.

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29 novembro 2006

Notícias de Hoje.

Duas grandes notícias amanheceram estampadas nos jornais de hoje. Uma delas dá conta da prisão do empresário gaúcho, Eng. Luis Rupental, acusado de causar a contaminação do Rio dos Sinos, que matou toneladas de peixes em outubro. A segunda trata sobre um video onde dois militares fardados aparecem fazendo a escolta de balsas pelo rio Uruará (Pará) com carregamento de madeira extraída ilegalmente da reserva extrativista Renascer, criada pelo governo federal na região, mas ainda não homologada pelo presidente Lula.

Estes são sinais de que a impunidade total, em relação ao Meio Ambiente, está acabando. Mais que isso, setores da sociedade que antes eram tidos como intocados começam a sentir penalidades e isso é um passo rumo a conscientização.

28 novembro 2006

Núcleo de Pesquisa de Recuperação de Áreas Degradadas e Combate à Desertificação (Nuperade)

Texto: Gerusa Barbosa.

Como parte da agenda de comemoração do Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, inaugura nesta terça-feira (28), o Núcleo de Pesquisa de Recuperação de Áreas Degradadas e Combate à Desertificação (Nuperade), localizado no município de Gilbués, Piauí. O núcleo tem como objetivo apoiar estudos sobre o fenômeno da desertificação e testar tecnologias para o controle do processo de degradação de terras, bem como promover a recuperação de áreas já degradadas da região. A iniciativa conta com a parceria dos Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura e do governo do estado do Piauí.

O processo de desertificação em Gilbués, localizado a 797 km de Teresina, iniciou-se na década de 40 e desde então vem evoluindo gradativamente. O município é considerado pelo PAN-Brasil como um dos núcleos de desertificação no Nordeste, sendo que a degradação do solo já atinge, além de Gilbués, mais 14 municípios da região (São Gonçalo do Gurguéia, Corrente, Monte Alegre do Piauí, Barreiras do Piauí, Curimatá, Redenção do Gurguéia, Bom Jesus, Riacho Frio, Parnaguá, Morro Cabeça no Tempo, Avelino Lopes, Júlio Borges, Sebastião Barros e Cristalândia do Piauí), formando a maior área de desertificação do Brasil. Os quinze municípios juntos somam 34.977,3 km² e uma população de aproximadamente 68 mil habitantes. Segundo estudos, as atividades que mais contribuíram para o problema na região foram a extensão da pecuária, a agricultura, sem os cuidados com a preservação do solo, e a exploração do diamante.

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27 novembro 2006

Dicas Sobre o Blog.

A disposição básica deste Blog é constituída de duas colunas:
  • a PRINCIPAL, onde você encontrará o conteúdo;
  • e a COLUNA INTERATIVA, onde poderá interagir de maneira DIRETA.

-COMO ASSIM DIRETA?

É fácil! Basta começar o dia conosco!

No alto da coluna cinza, click no link “Definir como HomePage”. Isso fará com que este Blog torne-se sua página inicial.

-MAS, POR QUÊ DEVO FAZER ISSO?

Simples! Crie o hábito de ajudar o Meio Ambiente!

Na guia ‘Links’você poderá acompanhar as novas Leis, Decretos, Resoluções e muito mais no site do Ministério do Meio Ambiente. Também, se quiser se inteirar sobre projetos ambientais, tem o link do portal S.O.S. Mata Atlântica. Mas, não perca essa! PLANTE UMA ARVORE TODOS OS DIAS - GRÁTIS, através do link ‘Click Árvore’.

ACHOU POUCO?

Faça pesquisas inteligentes com o BUSCADOR GOOGLE PERSONALIZADO do ARTIGOS AMBIENTAIS. Este buscador é programado para aprender a preferência dos usuários do Blog, o que tornará suas pesquisas bem mais eficientes.

26 novembro 2006

Meio Urbano.

Não é possível dissociar o Meio Ambiente do Meio Urbano, habitat da maior parte dos seres humanos e fonte da maior parte das atividades antrópicas impactantes. Neste sentido, há diversos estudos que correlacionam, de forma diretamente proporcional, a elevação da pobreza com o aumento da degradação ambiental.

Neste fim de semana, diversos meios da grande mídia dão conta da expansão da favelização do Brasil, fenômeno presente, principalmente, nos grandes centros urbanos devido a redução dos investimentos governamentais neste setor.

Temos 6,5 milhões de favelados, que atendem à definição internacional de favela, segundo critérios como o acesso a saneamento e precariedade da moradia. Mas, se forem considerados itens como a irregularidade de posse, o total sobe para 51,7 milhões, tornando o Brasil o país com a terceira maior população favelada do mundo, atrás de Índia e China - conforme o livro Planeta Favela, do professor da Universidade da Califórnia Mike Davis, uma coletânea de estudos publicados pela Organização das Nações Unidas.

25 novembro 2006

Represa Tabajara - SP.

Foto: Rubens Marques. Veja em detalhes. Click na Foto.

24 novembro 2006

23 novembro 2006

Raias e Tubarões Podem Ser Extintos no Sul.

Pesca comercial na última fatia de litoral antes do Uruguai fez população cair 90% em 20 anos.

Texto: Cristina Amorim.

Duas espécies de raias e sete de tubarões podem sumir muito em breve da Plataforma Sul, a última fatia do litoral brasileiro antes do Uruguai. Elas estão criticamente ameaçadas de extinção nesta região pela pesca comercial nas últimas décadas.

Apenas cinco delas são citadas na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas do Ministério do Meio Ambiente, que proíbe sua captura - e portanto estão desprotegidas sob a legislação brasileira. Nenhuma das nove é reconhecida como ameaçada pelo governo do Rio Grande do Sul, reduzindo ainda mais a chance de conservação.

Saiba mais, click no título.

22 novembro 2006

Licenciamento Ambiental

Resumo com o que há de mais importante sobre a RESOLUÇÃO CONAMA Nº 237, de 19 de dezembro de 1997.

Art. 1º - Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:

I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais , consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

III - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco.

IV - Impacto Ambiental Regional: é todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente (área de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou mais Estados.

Art. 2º - A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis. (...)

Art. 3º - A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de audiências públicas, quando couber, de acordo com a regulamentação.

Parágrafo único. O órgão ambiental competente, verificando que a atividade ou empreendimento não é potencialmente causador de significativa degradação do meio ambiente, definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo de licenciamento.

Art. 4º - Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, órgão executor do SISNAMA, o licenciamento ambiental, a que se refere o artigo 10 da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, de empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental de âmbito nacional ou regional, a saber:

I - localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no mar territorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenas ou em unidades de conservação do domínio da União.

II - localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados;

III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou de um ou mais Estados;

IV - destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN;

V- bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação específica. (...)

Art. 5º - Compete ao órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal o licenciamento ambiental dos empreendimentos e atividades:

I - localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou em unidades de conservação de domínio estadual ou do Distrito Federal;

II - localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação natural de preservação permanente relacionadas no artigo 2º da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, e em todas as que assim forem consideradas por normas federais, estaduais ou municipais;

III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais Municípios;

IV - delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ou convênio.

Art. 6º - Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio.

Art. 7º - Os empreendimentos e atividades serão licenciados em um único nível de competência, conforme estabelecido nos artigos anteriores.

Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças:

I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;

II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante;

III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.

Parágrafo único - As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade. (...)

Art. 10 - O procedimento de licenciamento ambiental obedecerá às seguintes etapas:

I - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à licença a ser requerida;

II - Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade;

III - Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA , dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando necessárias;

IV - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA, uma única vez, em decorrência da análise dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados, quando couber, podendo haver a reiteração da mesma solicitação caso os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios;

V - Audiência pública, quando couber, de acordo com a regulamentação pertinente;

VI - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente, decorrentes de audiências públicas, quando couber, podendo haver reiteração da solicitação quando os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios;

VII - Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico;

VIII - Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida publicidade.

§ 1º - No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, obrigatoriamente, a certidão da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo e, quando for o caso, a autorização para supressão de vegetação e a outorga para o uso da água, emitidas pelos órgãos competentes.

§ 2º - No caso de empreendimentos e atividades sujeitos ao estudo de impacto ambiental - EIA, se verificada a necessidade de nova complementação em decorrência de esclarecimentos já prestados, conforme incisos IV e VI, o órgão ambiental competente, mediante decisão motivada e com a participação do empreendedor, poderá formular novo pedido de complementação. (...)

Leia a integra da lei. Click no título da matéria.

21 novembro 2006

Milho Transgênico.

Foto: Rodrigo Baleia. Saiba mais sobre Milho Transgênico clicando no título.

20 novembro 2006

Iceberg Pode Ser Visto do Litoral da Nova Zelândia

Após o aparecimenteo de icebergs, no ano passado, em águas territoriais neozelandesas pela primeira vez em 56 anos. Pela primeira vez em 75 anos, um iceberg foi avistado a partir do litoral neozelandês. Trata-se de um de aproximadamente 100 que estão à deriva ao sul do país. O enorme pedaço de gelo era visível, na quinta-feira, a partir de Dunedin, na Ilha Sul. A flotilha de icebergs - alguns, do tamanho de casas - já tinha sido avistada ao sul da Nova Zelândia no início do mês.

Cientistas relutam em culpar o aquecimento global pelo fenômeno.

"Estamos monitorando essas coisas há pouco tempo, é impossível dizer. Dizer que isso é incomum e ligado ao aquecimento global simplesmente não é possível", afirmou o professor de geologia Paul Augustinus à imprensa local.

Os especialistas tentam determinar o ponto exato da onde os icebergs se soltaram da Antártida.

18 novembro 2006

Graziano é cotado para assumir Meio Ambiente em governo de Serra

CATIA SEABRA da Folha de S.Paulo.

O deputado federal Xico Graziano deverá comandar uma nova secretaria no governo de José Serra: a de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Hoje, existem as secretarias de Meio Ambiente e a de Energia e Recursos Hídricos. Mas, segundo tucanos, as duas serão reformuladas, dando origem à que Graziano deverá assumir.

Presidente do Incra e chefe-de-gabinete da Presidência no governo FHC, Graziano já foi secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento. Atualmente, é um dos coordenadores da equipe de transição do governo Serra.

Saiba mais sobre essa notícia clicando no título.

17 novembro 2006

Novas Metas Para Combater Efeito Estufa Saem Até 2008

Fonte: Agência Estado.

Representantes de mais de 180 países, reunidos na conferência da ONU sobre mudança climática, concordaram em definir, até 2008, novas metas para o corte de emissão dos gases causadores do efeito estufa.

As novas metas farão parte de uma revisão do Protocolo de Kyoto, que exige que as nações industrializadas reduzam suas emissões, e expira em 2012. Organizações ambientalistas temem que uma demora na revisão - e, por conseguinte, na elaboração das regras que vigorarão de 2012 em diante - venha a solapar o esforço já realizado.

O temor dos países em desenvolvimento, de se comprometerem com metas de cortes na poluição, foi um dos principais entraves da reunião, que se realiza em Nairóbi, Quênia. O Brasil chegou a receber, na semana passada, o prêmio "Fóssil do Dia", oferecido por ONGs às nações que mais atuam para atrapalhar as negociações. Mas os campeões do "Fóssil do Dia" foram, ao final, Austrália, Canadá e Arábia Saudita.

A falta de avanços mais substanciais em Nairóbi frustrou algumas expectativas. A ambientalista queniana Sharon Looremetta referiu-se à reunião como um fracasso.

Saiba mais sobre essa notícia clicando no título.

16 novembro 2006

Polêmicas em Nairóbi.

Em Nairóbi, na reunião da ONU sobre clima que começou no dia 6 e vai até amanhã, muitos assuntos controversos foram tratados e, como não poderia deixar de ser, a polêmica prevaleceu.

O destaque nacional fica por conta da ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, que levou proposta de “compromisso ético” para convencer os países ricos a doarem recursos para o mecanismo, proposto pelo Brasil, de incentivo à redução do desmatamento.

No âmbito internacional, os Norte Americanos rejeitaram na quarta-feira os apelos do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, por uma redução nas emissões de gases do efeito estufa e suas acusações de que há "uma assustadora falta de liderança" no combate ao aquecimento global. Representados por Paula Dobriansky, subsecretária de Estado para Democracia e Assuntos Globais, afirmam que "os Estados Unidos vêm liderando em termos de iniciativas inovadoras".

O objetivo da reunião de Nairóbi é encontrar maneiras de prorrogar a vigência do tratado além de 2012 e ampliar a ajuda a países pobres, especialmente da África. Mas, o que parece é que as nações se uniram para organizar uma espécie de concurso, tipo show de horrores. Só falta saber quem vai ganhar, a “ingenuidade” ou a “cara-de-pau”?

15 novembro 2006

14 novembro 2006

Resposta à matéria Publicada no jornal Gazeta de Limeira, em 13/11/06: “Limeira tem só dois pontos para despejo de pilhas e baterias usadas".

Primeiramente, o assunto das pilhas e baterias é regido pelas Resoluções CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) de números 257 e 263. Tais resoluções, que têm força de lei, estabelecem o correto procedimento para a disposição final destes materiais, conforme descrito abaixo:

“Art. 1º - As pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, destinadas a quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, que as requeiram para o seu pleno funcionamento, bem como os produtos eletroeletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de forma não substituível deverão, após o seu esgotamento energético, ser entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem, diretamente ou através de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada”.

Como se pode notar, o próprio texto do artigo acima destaca que nem todas as pilhas e baterias têm em sua composição metais pesados em concentrações nocivas à saúde humana. Hoje, as pilhas, sistemas eletroquímicos não-recarregáveis, produzidas no Brasil ou legalmente importadas, não possuem tais elementos ou os têm em quantidades ínfimas, o que permite que a população possa descartá-las, de forma segura, junto ao lixo doméstico. É notável, ainda pelo texto acima citado, que todo o processo de descarte, eliminação ou reciclagem das pilhas e baterias deve ser realizado pelo setor privado. Ou seja, as baterias, sistemas eletroquímicos recarregáveis, devem retornar após o esgotamento energético para a indústria que as produziu por intermédio do comerciante que as vendeu.

Segundo levantamento realizado, recentemente, pelo Dep. de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Prefeitura de Limeira, foram constatados diversos pontos de coleta disponíveis no comércio local, apesar da baixa procura pela população. Neste sentido, como descrito na matéria do dia treze, a prefeitura para promover uma coleta mais significativa, através do departamento acima citado, disponibilizou dois pontos de coleta de baterias. Um localiza-se no Paço Municipal, local de grande circulação, e o outro na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (SAMA), pela referência e simbolismo lógicos desse local. Há, ainda, um terceiro ponto de coleta, cedido pela prefeitura, funcionando na sede do PROCON.

É importante lembrar que o Dep. de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, por meio do telefone (19) 3451-3883, está pronto a esclarecer dúvidas sobre esse e outros assuntos relativos à área ambiental. O funcionamento é de segunda à sexta-feira, das 07:30 às 17:30 horas.

Atenciosamente,

Dep. de Meio Ambiente e Recursos Hídricos / Secr. Mun. de Agricultura e Meio Ambiente.

13 novembro 2006

Mar de Cana.

O Ministério da Agricultura publicou hoje (13/11), no Diário Oficial da União, portaria fixando em 23% o porcentual obrigatório de adição de álcool combustível à gasolina. Até então o porcentual era de 20%.

Na última sexta-feira, resolução do Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (CIMA), também publicada no D.O. aprovou a alteração da mistura, atendendo pedido dos produtores de cana-de-açúcar, que alegaram aumento da produção, hoje estimada em 425 milhões de toneladas.

Assim, o governo federal acaba de dar sua dose de estímulo ao desenvolvimento do “Mar de Cana”, que a exemplo de São Paulo, vem se espalhando em todo Brasil. Será que voltaremos a ser um país monocultor? Será que passaremos, daqui uns dias, a comprar mais álcool que gasolina nas bombas deste combustível? Será que estes três por cento não poderiam gerar divisas para o país, sendo vendido no exterior? Vão-se as perguntas, o “Mar de Cana” fica!

12 novembro 2006

Borboleta Laranja

Foto: Camila Rocha

Para ver essa e outras fotos de Camila Rocha click no título.

11 novembro 2006

Poluição Sonora.

Fonte: Folha Online

De acordo com a resolução 204 do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) que regulamenta o uso de equipamentos sonoros em veículos, desde ontem (10/11), quem trafegar com som alto poderá receber multa.

Motoristas que forem flagrados com o nível de ruido maior que 104 decibéis -falta considerada grave- terão que pagar R$ 127,69 e receberão cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). O nível vale para medições realizadas a meio metro de distância.

Para que a multa tenha validade, o agente de trânsito terá que comprovar a infração com um decibelímetro. Isso pode tanto inviabilizar a aplicação desta resolução como tornar esse tipo de equipamento mais acessível, caso haja um grande investimento em fiscalização, o que seria um enorme ganho na prevenção e combate a poluição sonora.

Ruídos produzidos por buzinas, sinalizadores de marcha a ré, sirenes, motor e outros componentes obrigatórios dos carros não são passíveis de multa.Veículos de divulgação publicitária, entretenimento e comunicação -desde que regulamentados- estão isentos da fiscalização.

10 novembro 2006

Flagrante de Crime Ambiental.

Fotos: Luiz Gonzaga.

Ontem, 09 de novembro, a Secr. Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Limeira (SAMA) em conjunto com o Pelotão Ambiental da Guarda Municipal autuaram, em flagrante de crime ambiental, uma empresa sediada em plena a área urbana da cidade.

Como mostrado nas fotos a seguir, a empresa descartava material de origem orgânica em seu próprio lote, sendo que o efluente, além de infiltrar no solo, escorria diretamente para o sistema de coleta de águas pluviais.

09 novembro 2006

AS PILHAS NOSSAS DE CADA DIA

Texto publicado em 05/08/06 na versão impressa do jornal Gazeta de Limeira.

Autores: Biólogos Ana Maria Lucato Vasques e Rogério Mesquita, com colaboração especial de Rubens Marques de Oliveira (Todos trabalham no Dep. de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, SAMA/PML).

Alexandro Volta, através de experiências com rãs recém sacrificadas, queria estudar a contração dos músculos do corpo e notou que ao passar uma corrente elétrica pelo corpo do animal, seu músculo se contraía devido à presença de sais contidos em seus tecidos musculares. A partir desta observação, Volta empilhou discos alternados de zinco e prata (eletrodos) separados por pedaços de pano ou couro embebidos em água e sal (eletrólito). O cientista então ligou um fio de cobre na base da pilha de discos e outro no topo (pólos da pilha) e aproximou as extremidades dos fios, obtendo faíscas elétricas. Em homenagem a sua descoberta, a unidade de força da corrente elétrica produzida é chamada de volt. Estava criada a primeira "pilha" elétrica, que ganhou este nome, usado até hoje, por causa dos discos de metais empilhados usados por Volta. Atualmente as pilhas continuam sendo fabricadas com este mesmo princípio, sendo compostas por 2 eletrodos e 1 eletrólito no lugar da pilha de discos metálicos. As pilhas mais utilizadas nos dias de hoje são denominadas pilhas secas, devido à característica física dos seus eletrólitos, e podem ser separadas em comum e alcalina. A comum é composta geralmente por dois eletrodos (Zinco e Manganês) em meio ácido (eletrólito). Já a segunda, é composta por dois eletrodos, geralmente Zinco e Carbono, tendo como diferença o eletrólito que é básico. Nas pilhas alcalinas, o meio básico faz com que o eletrodo de Zinco sofra um desgaste mais lento, para a produção de energia, comparado com as pilhas comuns que possuem um caráter ácido, porém, cada tipo de pilha tem seu uso recomendado, como por exemplo, as comuns apresentam melhor desempenho em utilizações intermitentes como no controle remoto, flashes, relógios analógicos e as alcalinas são melhores para uso continuado, como nos rádios, lanternas, câmaras digitais. É importante lembrar que até mesmo não sendo utilizadas, as pilhas perdem sua energia com o passar do tempo, pois as reações químicas continuam acontecendo, mesmo que mais lentamente, no seu interior. Daí a necessidade de se observar o prazo de validade na hora da compra.

08 novembro 2006

El niño este ano.

Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), será a primeira vez, depois de 1997-1998, que o fenômeno terá intensidade no Brasil, ou seja, que nós realmente sentiremos os seus efeitos.

Os primeiros indícios de aquecimento anormal das águas superficiais do oceano Pacífico (El Niño) foram registrados em agosto.

"Nos últimos 15 dias, observamos que a temperatura da água, a cem metros da superfície, está de 3ºC a 4ºC acima da média", disse Expedito Rebello, do Inmet.

Em 1997 e 1998, as águas superficiais do oceano Pacífico ficaram cerca de 4 ºC acima da média, causando um dos El Niños mais devastadores do século 20. Nessa temporada, houve seca na Amazônia e tempestades na Costa Oeste dos EUA. De 1999 ao ano passado, a temperatura das águas não subiu mais que 1,5 ºC.

Divulgados novos padrões da OMS para qualidade do ar e grandes cidades brasileiras ficam acima dos níveis recomendados.

Fonte: USP online e Agência Estado.

Todos os grandes centros urbanos do Brasil estão fora dos novos padrões mundiais de qualidade do ar, anunciados no último dia 5 de outubro pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A constatação é de Paulo Hilário Nascimento Saldiva, diretor do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP. "O que a gente imaginava que fosse uma qualidade de ar boa, na verdade não é mais", alerta o médico patologista.

As concentrações máximas, medidas em micrograma por metro cúbico, de material particulado e de dióxido de enxofre são as que apresentam maiores diferenças. Enquanto a legislação brasileira estabelece limites de 150 ug/m3 e 100 ug/m3, a OMS estipula 25 ug/m3 e 20 ug/m3, respectivamente.

Na avaliação de Saldiva, a poluição do ar já deixou de ser apenas um problema ambiental e passou também a ser de saúde pública:. "A má qualidade do ar comprovadamente reduz a expectativa de vida, aumenta a mortalidade, leva ao abortamento e eleva os riscos de doenças cardíacas e de câncer". Os novos padrões de qualidade do ar definidos pela Organização Mundial de Saúde, porém, dependem de decisões de cada governo para serem implementados.

07 novembro 2006

Água na Medida Certa

Integra do texto especialmente cedido pelos Biólogos Ana Maria Lucato Vasques e Rogério Mesquita, do Dep. De Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Limeira – SP, publicado na versão impressa do Jornal Gazeta de Limeira, em 26/02/05.

Muita gente não se dá conta de que a água potável é um bem precioso e vital. Um bem que, se utilizado sem nenhum controle, pode futuramente até desaparecer do planeta. Um bilhão e meio de pessoas no mundo já sofrem com a falta de água. Enquanto isso tem pessoas que desperdiçam, não usam a água de forma racional e, ainda por cima, não entende porque a conta vem tão alta no fim do mês. Quem sabe não está faltando um pouco de conscientização, informação? Vamos hoje, dar algumas dicas para que este líquido maravilhoso esteja sempre presente em nossas vidas.

  • Deixar a água escorrendo enquanto escova os dentes ou faz a barba, desperdiça 80 litros em 5 minutos;
  • No banho, um chuveiro funcionando por 15 minutos gasta em média 120 litros e uma ducha em torno de 240 litros;
  • Uma válvula de descarga gasta 10 litros de água a cada acionamento de 6 segundos, por isso, nunca utilize o vaso sanitário como lixeira;
  • Lavar a calçada com esguicho consome 280 litros em 15 minutos, para economizar, use o balde e a vassoura;
  • Regar plantas com mangueira consome 190 litros em 10 minutos, use o regador e molhe as plantas bem de manhã ou no final da tarde;
  • Ao lavar o carro com a mangueira, você pode gastar até 560 litros em 30 minutos, usando um balde, este consumo cai para 40 litros;
  • Uma lavadora de 5 kg gasta 135 litros de água por operação, um tanque com a torneira aberta, até 117 litros em apenas 15 minutos.
  • Dica para quem usa o tanque: feche a torneira enquanto ensaboa a roupa e só abra de novo para enxaguar. Use a água do enxágüe para lavar quintal;
  • De gota em gota, uma torneira pode desperdiçar 1.380 litros de água por mês!

Que tal dar uma mãozinha para a natureza! Ela está sempre pronta a nos ensinar de que forma podemos respeitá-la.

06 novembro 2006

Médio Tietê

Foto: Rubens Marques

Piracema

O site do IBAMA (http://www.ibama.gov.br/pndpa/index.php?id_menu=104) nos ensina o seguinte: ‘Na língua Tupi, Piracema é a palavra que quer dizer “saída dos peixes para a desova”. Os índios já observavam que alguns peixes saíam dos lagos e baías em movimentos migratórios que culminavam com a reprodução, e, mesmo nos dias de hoje, essa ainda é a palavra que melhor traduz toda a complexa seqüência do processo reprodutivo dos peixes em condições ambientais propícias’.

Quando chegam as águas novas, trazidas pela estação das chuvas, carregadas de calor e nutrientes, é disparado o ciclo reprodutivo dos peixes de piracema. Então, em cardumes, eles arrancam rio acima na busca desesperada pela reprodução, manutenção da espécie. Um peixe como o dourado tem que nadar pelo menos quinhentos quilômetros contra a corrente. Quando encontram um obstáculo em seu percurso, lutam para vencê-lo. Quando é impossível vencê-lo, a exemplo de uma barragem no leito de um rio, se lançam contra ele até desfalecer ou morrer.

Outro problema freqüente é a pesca predatória nesta época. Neste sentido, o referido site explica “POR QUE HÁ RESTRIÇÕES À PESCA DURANTE A PIRACEMA?”: “Durante a piracema, o apelo para conservação da espécie é tão intenso que os peixes se descuidam de suas estratégias de proteção. Tornam-se presa fácil. A viagem de centenas de quilômetros os deixa extenuados, e muitos pescadores aproveitam-se dessa fragilidade para capturá-los facilmente, e em grandes quantidades. Agindo desse modo, interferem em todo o processo de perpetuação da espécie e renovação dos estoques, que será sentido na diminuição do tamanho dos peixes e na quantidade disponível para a pesca nos anos subseqüentes. Por isso é tão importante a proteção dos peixes na época da piracema”.

É assim, nadando contra a corrente, que o milagre da vida acontece. Os peixes que não migram não amadurecem seu processo hormonal, não desovam, não liberam esperma, não se reproduzem, não contribuem para a perpetuação da vida.

05 novembro 2006

Problemas no Blogger.com

Devido à problemas no Blogger.com, momentaneamente, vocês não conseguirão ler o post sobre o El niño, do dia 4.

Pesso desculpas pelo transtorno e prometo que caso o problema não seja solucionado postarei o texto novamente.

Obrigado pela compreensão.

04 novembro 2006

Brasilia Antes Arqueologia - Archaeology Brazil

Video muito bom, apresenta uma idéia geral do que é um projeto de preservação. Pena que é um pouco grande, mas se você tem banda larga não deixe passar.

Video sobre o Projeto "Brasília Antes", executado pelo Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia, da Universidade Católica de Goiás, em parceria com a Fundação Aroeira, com apoio financeiro da CAESB e supervisão do IPHAN.

03 novembro 2006

Cuesta de Botucatu - SP

Foto: Rubens Marques.

Saneamento Ambiental

As autoridades, assim como a sociedade em geral, preocupam-se pouco ou quase nada com as questões relativas ao Saneamento Ambiental. Na maioria das vezes o tema é tratado como de segunda relevância e por alguns até como supérfluo.

Como bom Saneador Ambiental algumas notícias me entristecem e preocupam muito. Uma delas está estampada na edição on-line, de hoje, do jornal O Estado de São Paulo e intitula-se “Morte por dengue bate 2º recorde”. A matéria informa que mesmo com números parciais, que vão de janeiro à setembro, este ano já registrou o segundo maior número de mortes por dengue registrado na História brasileira.

Estudos mostram que cada real investido em Saneamento Ambiental reverte em economia de outros quatro em saúde. Será que não era a hora de colocarmos a mão na consciência e exigir que o governo aprenda a gastar e a salvar vidas?

02 novembro 2006

Entrevista com Al Gore.

'Al Gore, de passagem pelo Brasil, concedeu entrevista ao jornal Folha de São Paulo que pode ser conferida na integra com um click sobre o título deste post. A seguir, você encontrará a introdução da reportagem que foi escrita por Cláudio Ângelo, editor de ciência do referido jornal:

Político convertido em ambientalista convertido em estrela de cinema, Albert Gore Jr., 58, ex-vice-presidente (democrata) dos EUA, admitiu ontem em São Paulo que teria tido problemas para ratificar o Protocolo de Kyoto caso tivesse ganho a Casa Branca em 2000.

O acordo internacional contra o efeito estufa vinha sendo mantido em banho-maria pela administração Clinton, com resistência do Senado, e foi rejeitado de vez por George W. Bush em 2001, levantando o planeta contra os Estados Unidos.

"A verdade é que teria sido difícil para mim ou para qualquer presidente, numa época em que a imprensa ainda dizia em metade de suas reportagens que o problema poderia nem ser real", disse Gore.

O americano esteve no Brasil para participar de um evento na Câmara Americana de Comércio e promover o livro "Uma Verdade Inconveniente", cujo filme homônimo, sobre o efeito estufa, está causando furor em seu país'.

O Absurdo do Desperdício.

Dizem os especialistas que apenas 1% de toda energia empregada para mover um automóvel médio, com apenas o motorista dentro, destina-se ao transporte efetivo da pessoa em questão, o resto é desperdiçado para mover o próprio peso do veículo ou pela falta de eficiência energética.

No Brasil, segundo dados oficiais, quase 50% da água tratada e distribuida à população é perdida pela deficiência ou descaso com a tubulação, ou seja, vazamentos de toda ordem.

Milhões de equipamentos eletro-eletrônicos gastam, todos os dias, enegia elétrica preciosa para simplesmente manterem o "stand by" (modo de espera).

Esses são apenas três dos mais berrantes absurdos do desperdício que nossa sociedade mantém. Mantém também o uso dos recusos naturais às raias da irracionalidade. Os cidadões não se revoltam, talvez por desconhecimento de tal situação, mas certamente não gostariam de saber que poderiam economizar, e muito, seu dinheiro através do uso mais racional dos recursos disponíveis e, de quebra, garantir que eles sejam usados também por seus filhos e netos.

01 novembro 2006

Relatório da ONU mostra países ricos falhando com Kyoto

Jamil Chade - Estadão (on-line)

Apesar dos esforços internacionais, as emissões de dióxido de carbono (CO2) que geram o efeito estufa aumentaram em 2004, e atingiram os maiores índices desde a década de 90. Os países ricos, somados, tiveram uma queda de apenas 3,3%, em média, nas emissões nos últimos 15 anos. Porém, quando se leva em conta apenas o período entre 2000 e 2004, houve na realidade um aumento das emissões nessas economias, o que mostra a necessidade de medidas mais drásticas para lidar com aquecimento do planeta.

A primeira avaliação feita pelas Nações Unidas sobre as emissões, após o Protocolo de Kyoto entrar em vigor, traz resultados decepcionantes.

As emissões nos países ricos atingiram 19,9 bilhões de toneladas de CO2 em 2004, ante 17,5 bilhões em 2000. Em 1990, ano-referência para o protocolo, os gases lançados na atmosfera por indústrias, usinas e carros somavam 18,6 bilhões de toneladas.

(...)

O Protocolo de Kyoto prevê que os países ricos diminuam, em média, 5,2% de suas emissões de gases do efeito estufa entre 2008 e 2012, com base nos índices registrados em 1990.

“Os países desenvolvidos terão de implementar políticas mais eficientes para a redução do gás", afirmou Yvo de Boer, secretário executivo da ONU para mudanças climáticas. Só no setor de transporte, o aumento mundial das emissões de CO2 foi de 23,9% entre 1990 e 2004. A Europa, o continente mais comprometido com o protocolo, diminuiu em média apenas 0,6%.

Alguns países conseguiram reduzir suas emissões de carbono, como Alemanha (-17,2%), Grã-Bretanha (-14,3%) e Lituânia (-60%). Outros, não: na Espanha, o aumento foi de 49% entre 1990 e 2004; em Portugal, de 41%; e na Turquia, país que deseja tomar parte da União Européia, as emissões cresceram 72%.

A situação na América do Norte é pior. O Canadá, que emite 26,6% a mais, já anunciou que não terá como cumprir os termos do acordo. Nos Estados Unidos, que não participam do protocolo, o aumento foi de 15,8% desde 1990.

Saiba mais sobre essa notícia clicando no título.