09 novembro 2006

AS PILHAS NOSSAS DE CADA DIA

Texto publicado em 05/08/06 na versão impressa do jornal Gazeta de Limeira.

Autores: Biólogos Ana Maria Lucato Vasques e Rogério Mesquita, com colaboração especial de Rubens Marques de Oliveira (Todos trabalham no Dep. de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, SAMA/PML).

Alexandro Volta, através de experiências com rãs recém sacrificadas, queria estudar a contração dos músculos do corpo e notou que ao passar uma corrente elétrica pelo corpo do animal, seu músculo se contraía devido à presença de sais contidos em seus tecidos musculares. A partir desta observação, Volta empilhou discos alternados de zinco e prata (eletrodos) separados por pedaços de pano ou couro embebidos em água e sal (eletrólito). O cientista então ligou um fio de cobre na base da pilha de discos e outro no topo (pólos da pilha) e aproximou as extremidades dos fios, obtendo faíscas elétricas. Em homenagem a sua descoberta, a unidade de força da corrente elétrica produzida é chamada de volt. Estava criada a primeira "pilha" elétrica, que ganhou este nome, usado até hoje, por causa dos discos de metais empilhados usados por Volta. Atualmente as pilhas continuam sendo fabricadas com este mesmo princípio, sendo compostas por 2 eletrodos e 1 eletrólito no lugar da pilha de discos metálicos. As pilhas mais utilizadas nos dias de hoje são denominadas pilhas secas, devido à característica física dos seus eletrólitos, e podem ser separadas em comum e alcalina. A comum é composta geralmente por dois eletrodos (Zinco e Manganês) em meio ácido (eletrólito). Já a segunda, é composta por dois eletrodos, geralmente Zinco e Carbono, tendo como diferença o eletrólito que é básico. Nas pilhas alcalinas, o meio básico faz com que o eletrodo de Zinco sofra um desgaste mais lento, para a produção de energia, comparado com as pilhas comuns que possuem um caráter ácido, porém, cada tipo de pilha tem seu uso recomendado, como por exemplo, as comuns apresentam melhor desempenho em utilizações intermitentes como no controle remoto, flashes, relógios analógicos e as alcalinas são melhores para uso continuado, como nos rádios, lanternas, câmaras digitais. É importante lembrar que até mesmo não sendo utilizadas, as pilhas perdem sua energia com o passar do tempo, pois as reações químicas continuam acontecendo, mesmo que mais lentamente, no seu interior. Daí a necessidade de se observar o prazo de validade na hora da compra.

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