07 janeiro 2010

AVATAR

No dia 1º de janeiro, assisti o filme AVATAR 3D. Confesso que fiquei maravilhado pela realidade das imagens em três dimensões enquanto assistia. Porém, logo ao sair da sala de cinema, fui tomado por outra realidade – a nossa. Perguntava-me: há um movimento organizado nos Estados Unidos para mudar a opinião pública interna e externa?

É justo que AVATAR esteja entre os filmes mais assistidos da história, afinal ele traz consigo uma maturidade 3D jamais vista, abrindo caminho para essa nova tecnologia que parece ser uma tendência inevitável e dominadora de mercado. Só que a película não se resume só a isso. O filme traz uma mensagem a medida que o protagonista é aquele que consegue, através do contato com uma outra cultura, se adaptar e se conectar com a natureza, ganhando uma consciência até então desconhecida por seus semelhantes. E o antagonista quem é? É aquele mesmo personagem militarista e durão que já foi o herói das décadas de oitenta e noventa, só que agora mais idiotizado.

Até então, o filme me parecia apenas bom. Foi quando, a poucos minutos da saída do cinema, me lembrei da recente lista dos campeões de bilheteria: AVATAR, LUA NOVA E 2012. Notei então o que me pareceu uma coincidência positiva. É fato que as grandes produções cinematográficas americanas, muitas vezes, abordam temas relevantes para a administração vigente para conseguir créditos e incentivos financeiros. Pensando sobre a temática dos filmes mencionados acima, excluí LUA NOVA por ter uma temática clássica. Sobraram AVATAR e 2012, o primeiro fala claramente da descoberta de uma relação diferente com o meio através do contato com outros povos e o segundo mostra os chineses salvando o mundo das inevitáveis catástrofes naturais.

Será que AVATAR é mais uma tentativa de convencimento da opinião pública americana para a abertura ao multilateralismo e ao ambientalismo? Mais que isso. Será que AVATAR é uma tentativa de mostrar ao resto do mundo o como os americanos estão ficando mais conscientes?

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